13 de agosto de 2013
''AMANHÃ Amanhã faz 17 anos que ouvi seu choro pela primeira vez... lembro-me que era rouco e diferente e que, naquele momento, não sei como, aliás, penso que, consegui distingui-la pelo choro aberto que vinha enchendo o corredor da maternidade. Eu aguardava a sua chegada, mas você não chegou, estreou, estrelou, estralou um choro estridente solo de guitarra. Eu olhava e admirava. ''Então, senhor, qual vai ser o brinco?'' ''O vermelho!'' ''Igor, porque foi um brinco vermelho?'' Não sabia explicar, mas sabia que deveria ser um brinco vermelho, pequeno, não um brinco de jóia rara, mas um brinco simples e vermelho para uma rara jóia. Jóia de um tesouro. Amanhã, eu nem tenho um brinco de rubi que gostaria de te dar... Amanhã é o ontem do depois de amanhã. Depois, lembro que fui desnaturadamente ensaiar, não é culpa minha, é essa natureza, a mesma que você possui quando olha para dentro. Toquei pra você naquela tarde quente de Crato-Cariri-floresta. Amanha você cresceu, e agora que chegou a avançada idade de 17 anos. Agora que se prepara para alçar voos maiores com asas que nem te dei, mas que cresceram vertiginosamente ao longo dos seus cabelos. Amanhã seus cabelos são vermelhos tais como os brincos que te dei e então, quando mais tarde, algum dia, por acaso, o espelho parecer irreconhecível e o dia amanhecer nublado, esquece o resto e olha para dentro, pois eu estarei sempre lá em algum lugar, mesmo que esquecido, mesmo que não notado, mesmo calado, mesmo sem explicações para as tuas indagações mais simples. Ainda assim estarei, com brincos vermelhos que combinam com seus cabelos, com brincos simples que combinam com o meu amor: simples, sincero, verdadeiro, às vezes, quase transparente, aberto e, claro, rubi... Ele é todo seu Clara. Amanhã e sempre ele é o meu presente!!!!
Feliz aniversário.... MAMA!!!!!!!!'' - Pai
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Quem sou eu
- Maria Clara Rocha
- Clara.Idade: 19.Falar a verdade não careço de muita lógica. Ou de mim se gosta ou esquece. Por gosto mesmo ficava de papo pro ar. Mas o que me faz feliz e apetece é cheiro de vinho, cabelo lavado, de escrever poesia pulando os dias, de frapê e filme iugoslavo. Qualquer dia desses faço feito Santos Dumont e construo minha casa na árvore.
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“O que é pior: chegar ao fundo do poço ou continuar caindo?'' -Prá virar cinza minha brasa demora!-
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