12 de maio de 2015
Na tentativa de salvar o resto da minha animação eu pintei
meu quarto. Eu esqueci que existe e fico sem jeito de responder quando
perguntam por você, eu pauso por alguns segundos e depois digo que está em casa
e que tá tudo bem, sem cogitar mudo rapidamente de assunto. Eu sigo como se
quisesse voltar no tempo, mas que minuto seria? Qual foi o momento em que a paz
teve maior presença do que a desconfiança, mentira, vingança e a violência?
Nesse mesmo horário há três meses eu estava também escrevendo sobre essa dor,
também lendo Carpinejar com a televisão e a luz deixando com que eu me
distraísse o suficiente para não me perder na solidão.
Eu quero acordar daqui a um ano e me ver longe dessa agonia,
eu quero voltar a ler o livro que parei faz tempo, cumprir com todos os meus
deveres diante dos objetivos da minha vida. Aos poucos vamos seguindo nossos
caminhos, carregando nossa melancolia firme e forte, sabemos racionalmente o
que devemos fazer, outra coisa é saber com o coração. Eu quero estar limpa
desse amor, desse texto como ombro amigo. Nada de estancar em pressentimentos
infantis de histórias mortas, de plantão na coragem de sacar a arma contra tudo
isso.
Amor tem de sobra, mas nada além. Eu tentei tanto que me
perdi, quando eu consegui foi tarde demais, o erro assumiu destaque diante do
que eu já não era mais. Nenhuma palavra poderia consertar esse desespero, sendo
assim, nosso pedido de socorro para que tudo ficasse bem foi em vão. Eu não sei
o que irá acontecer conosco, mas espero que um dia nós dois fiquemos em
harmonia. Eu me sufoquei em dedicação aos amores que senti. Aniquilei quem eu
sou numa cafonice extrema, me iludi nesses romances impossíveis de José de
Alencar, nas comédias românticas e hoje percebo que nada disso tem substância
na vida de ninguém.
A imaginação já me esculpe uma nova pessoa, espero que eu me
ajude dessa vez. Frases insanas acabaram com nossa paciência, com toda esperança.
Infelizmente. Não posso arder de remorso nem colocar toda a culpa em você, não
devo merecer sofrer por isso. Nossa singularidade não faz a circunferência necessária para continuar, morremos novamente. Meu amor, que pelo menos
fiquemos bem nessa partida. Nessa partida de jogo perdida, nessa partida de
corações.
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Quem sou eu
- Maria Clara Rocha
- Clara.Idade: 19.Falar a verdade não careço de muita lógica. Ou de mim se gosta ou esquece. Por gosto mesmo ficava de papo pro ar. Mas o que me faz feliz e apetece é cheiro de vinho, cabelo lavado, de escrever poesia pulando os dias, de frapê e filme iugoslavo. Qualquer dia desses faço feito Santos Dumont e construo minha casa na árvore.
Arquivo do blog
-
2015
(22)
- novembro (1)
- setembro (3)
- agosto (4)
- julho (1)
- junho (3)
- maio (6)
- março (2)
- fevereiro (1)
- janeiro (1)
-
2014
(21)
- dezembro (3)
- novembro (3)
- outubro (1)
- agosto (1)
- julho (2)
- junho (3)
- maio (3)
- abril (2)
- março (2)
- janeiro (1)
-
2013
(67)
- dezembro (4)
- novembro (3)
- outubro (2)
- setembro (6)
- agosto (14)
- julho (12)
- junho (10)
- maio (7)
- abril (7)
- março (1)
- janeiro (1)
-
2012
(44)
- dezembro (2)
- novembro (1)
- outubro (1)
- setembro (1)
- julho (6)
- junho (8)
- maio (2)
- abril (5)
- março (2)
- fevereiro (7)
- janeiro (9)
Tecnologia do Blogger.
Pages
Translate
Leitores
Pensar
“O que é pior: chegar ao fundo do poço ou continuar caindo?'' -Prá virar cinza minha brasa demora!-
0 comentários:
Postar um comentário